Dentro da tradição ibérica e latina do desenvolvimento da escrita tratadística existe uma certa estabilidade do seu vocabulário ao longo do tempo, como aponta Quentin Skinner. No âmbito da teoria política e filosófica, e que reverbera, em outros tipos de fontes primárias para pesquisa histórica, coloca-se uma problemática para os leitores contemporâneos descompromissados ou envolvidos com pesquisa histórica: a manutenção da forma (signo), os usos e expressões de uma época anterior.
História
INFORMAÇÕES, HABILIDADES E COMPETÊNCIAS NO DECORRER DA “HISTÓRIA CONECTADA”
Parece ser redundante e naturalizado o movimento de atravessamento de informações e formação de redes proporcionadas pela internet. O movimento é tanto que existem conceitos criados para tentar dar conta dessa naturalização de habilidades de uma geração, como a de “nativos digitais”.
Este espaço e suas conectividades são considerados tão essenciais para os seus usuários que se cria uma dimensão de produção de verdade. Não são raras as expressões cômicas, mas sintomáticas, de uma naturalização interiorizada e compartilhamento às cegas das informações, a saber, a de que “se está na internet, então é verdade”.
HISTÓRIA, MÉTODOS E DESAFIOS DA CULTURA DIGITAL
Uma impressão parece estar gradualmente se colocando em algumas esquinas acadêmicas das ciências humanas: a credibilidade e a praticidade dos discursos desse campo estão postas à prova. Uma das razões apontadas que faz certo sentido são as mudanças sociais e tecnológicas, principalmente a consolidação das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC’s) como espaços de vivência, informação, troca e compartilhamento de dados.
A CONSTRUÇÃO DE UM CAMPO: O OLHAR SOBRE O PASSADO PELO/PARA O PRESENTE ABERTO E “SENDO”
Falando a partir de um determinado lugar social e epistêmico podemos nomear diferentes construções e manifestações de pensamento em palavras e conceitos que por si só denotam hoje vários significados de oposições, aproximações ou ambiguidades, se levantarmos algumas possibilidades: ciências, mitos, memes, literaturas. Todos esses campos de construções mentais e de ações apresentam significados para […]
ATO DE INTERPRETAR E RECEPCIONAR OS VESTÍGIOS ESCRITOS: PROCESSO HISTÓRICO E HISTORIOGRÁFICO
Hoje a ideia é fazer um breve mapeamento das problemáticas, mas também das possibilidades do ato de interpretação das fontes históricas, que passam pela linguagem escrita. Já dialogamos numa outra ocasião sobre a escrita da história a partir dos vestígios deixados pelos nossos antepassados em diferentes épocas e sociedades. Sem desconsiderar a diversidade de fontes […]
A MEMÓRIA E O DESAFIO AO CHRONOS (PARTE 2)
No último texto tivemos a oportunidade de pensar um pouco sobre a origem e utilização dos termos Chronos e Kairós do ponto de vista histórico. Terminamos nos arriscando a dizer que uma maneira dos indivíduos e coletividades manifestarem uma relação de contraponto e ressignificação do tempo objetivo é o mecanismo da memória. Utilizou-se como referências […]
A MEMÓRIA E O DESAFIO AO CHRONOS (Parte 1)
Chronos e Kairós, dois termos e conceitos que nos apropriamos do contexto histórico e filosófico dos gregos antigos, inicialmente da mitologia. Encontrados neste tipo de discurso e representação da realidade, ambos denotam diferentes percepções e significações do tempo, incorporados em figuras divinas como é próprio do caráter mítico em diferentes sociedades. Posteriormente esses “tempos” foram […]
OPERAÇÃO HISTORIOGRÁFICA: USO E LEITURA DAS FONTES NA INTERDISCIPLINARIDADE
No último texto a ideia foi levantar uma percepção de alguns contornos que envolvem a constituição do campo das Ciências Humanas, mais especificamente da História. Tomamos a ideia de uma operação historiográfica que é realizada no seio de um lugar social, não exatamente um local físico, apesar de também compô-lo, mas um modo de dizer […]
OPERAÇÃO HISTORIOGRÁFICA: OPÇÕES ANALÍTICAS, DICOTOMIAS E LUGAR SOCIAL
Assim como todo o campo do saber, as ciências humanas, especificamente aqui em questão a análise histórica, são marcadas por trajetórias, arranjos e rearranjos em sua composição escrita e analítica. Muitos hão de concordar que a maneira como escrevemos um texto hoje não é a mesma do ano passado e de cinquenta anos atrás. Na […]
RECONSIDERAÇÕES DOS “LUGARES DE MEMÓRIA” E A PERCEPÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE PASSADO E O PRESENTE
No ano passado estivemos diante de alguns movimentos sociais contestatórios cunhados como Black lives matter (Vidas negras importam), que levantaram questões como racismo e desigualdade social a partir do episódio envolvendo a morte de George Floyd por policiais numa ocasião de abordagem nos Estados Unidos. Durante esses atos espalhados por outros países da América e […]