É necessário desenvolver novas visões sobre o diálogo intercultural que superem as limitações do paradigma do “diálogo entre culturas”. Desenvolver uma análise sobre as diversas formas pelas quais as culturas se relacionam umas com as outras, perceber consciência dos valores que partilham e das construções de seus objetivos comuns.
As interligações culturais manifestam-se em diversas formas e práticas culturais, intercâmbios, importações culturais, imposição de valores por meio das guerras, das conquistas, da colonização…, produzem e acabam por ser assimilados pela cultura dominada, por meio de certos processos concretos de aculturação.
Hoje podemos pensar em intercâmbios em condições de igualdade e interatividade cultural entre todas as culturas do mundo. Os processos de globalização contribuem para que se produzam encontros, importações e intercâmbios culturais de modo mais sistemático.
Esses novos vínculos transculturais podem facilitar o diálogo intercultural. Repensar as nossas categorias culturais, reconhecer as múltiplas fontes da nossa identidade, contribuir para deixar de insistir nas diferenças e, prestar atenção à nossa capacidade comum de evoluir mediante a interação mútua.
A sensibilização para a história e para a compreensão dos códigos culturais reveste-se de uma importância crucial para superar os estereótipos culturais no percurso do diálogo intercultural.
Um processo de diálogo intercultural pressupõe respeitar as diferentes formas e seus modos de expressão, costumes e tradições em um contexto culturalmente neutro que facilite o diálogo.
A produção dos conteúdos culturais e de comunicação, como os seus modos de difusão, sofrem alterações significativas, caracterizadas pela conectividade, pela interatividade e pela convergência.
