:: Edição 003 :: Percepções

PERCEPÇÕES TERRITORIAIS E TEMPORAIS

Podemos considerar uma temporalidade problemática, pois a transitoriedade (sucessão) pode estar trazendo mudanças ao movimento, que acaba oportunizando um ambiente de possíveis mudanças na trajetória da vida.

A questão que se apresenta também, não necessariamente define-se a qualitativa das possibilidades de mudanças, mas requer a intervenção de ensejar o novo, com suas respectivas atualizações.

Esse movimento/lugar, se revela como acontecimentos e experiências onde operações arbitrárias consiste num fluxo, num devir, numa mudança contínua, que por meio destas operações, se constituem as coisas, os corpos e os próprios movimentos. 

Aguçar a percepção favorece a mobilização de possibilidades de mudanças que constituem a dinâmica que pode influir naquilo que podemos denominar de reconhecimento atento para realizarmos uma ação de potência e nos esquivar de uma ameaça à vida, reconhecendo atentamente aquilo que leva ao perigo. É uma relação de similitude pela qual a percepção acolhe uma reação apropriada (favorável à vida) sob as circunstâncias que se apresentam.

O reconhecimento atento, destes processos de possibilidade a mudanças tem início na própria percepção. Perceber já pressupõe um esquadrinhamento no processo de atualização, que deve alertar sobre os impasses em traçar com clareza as linhas que separam cada uma das fases de atualização.

O novo, exige uma criação de novas atividades na medida em que seja percebido e atualizado. Trata-se de ser agente, criar novas percepções e “diferenciação” do já desenvolvido e assimilado.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BERGSON, Henri. A evolução criadora. Trad. Bento Prado Neto. SP: Martins Fontes, 2005. 
BERGSON, Henri. O pensamento e o movente. Trad. Bento Prado Neto. SP: Martins Fontes, 2006. 
DELEUZE, Gilles. Diferença e Repetição. Trad. Luiz Orlandi e Roberto Machado. RJ: Graal, 1988.
Ferraz, M. S. A. (2008). Fenomenologia e ontologia em Merleau-Ponty. Tese de Doutorado. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP. 
Merleau-Ponty: da constituição à instituição. Cadernos Espinozanos, 20, 11- 35. 
MORIN, E. Introdução ao pensamento complexo. Lisboa: Instituto Piaget, 1990. 
PRIGOGINE, I. O fim das certezas: o tempo, o caos e as leis da natureza. São Paulo: Universidade Estadual Paulista, 1996.




Rovany Pimenta
61 anos de vida e Fé cristã. Doutor em Fenomenologia Existencial. Mestre em História Social. Pós-Graduado em: Teologia Filosófica Educacional; Psicoterapia de Orientação Analítica; Gestão em Educação e de Pessoas; Psicopedagogia – Aperfeiçoamento do Docente; Artes Cênicas – Educação Musical/ voz e regência. Bacharel em Teologia, Artes Cênicas e Psicoterapia de Orientação Analítica.
https://modal.asaphministerios.com/equipe/rovany-pimenta/

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