O conceito de percepção faz parte da tradição filosófica (empirismo e o racionalismo), essas tradições filosóficas dentro de uma nova concepção e diante das mudanças e alterações existenciais, foram trazidas pelos campos da fenomenologia e pela psicologia.
A percepção com sua estreita ligação com os sentidos, campo dos sistemas sensoriais, tem sua função na empiria analítica dos eventos em suas partes constituintes.
Perceber o mundo da vida e suas peculiaridades, faz-se necessário compreender como a percepção, conceito estritamente subjetivo, se relaciona com o cérebro, evidenciando um processo altamente complexo e ativo, elaborado por meio de fatores biológicos e regidos por fatores históricos e culturais.
As ideias construídas e elaboradas dependem do sujeito do conhecimento para que as sensações ou percepção ocorram. Sentir e perceber são fenômenos que dependem da capacidade do sujeito dando-lhe organização e significação (Leibniz, 1992).
Esse ato realizado pelo sujeito do conhecimento, depende de princípios, regras e normas estabelecidas pela razão, isto é, os modos pelos quais a mente adquire conhecimento, processo da instância cognitiva de cada sujeito, que é adquirido por meio da experiência e construção de vida. (Aranha, 2003)
As ideias são geradas pela operação da mente e pela reflexões produzidas, qualificadas e experimentadas por intermédio dos sentidos do próprio sujeito (Locke, 1960), cor, odor, som, gosto…, não existem no objeto, e sim na percepção que o sujeito tem do objeto dito percebido e observado. (Schultz & Schultz, 1998).
A filosofia da mente tem discutido amplamente estas questões, tentando estabelecer os limites científicos e metodológicos de uma ciência que não consegue explicar a percepção apenas por seus componentes biológicos, visto seu caráter subjetivo.