:: EDIÇÃO 016 :: Editorial

EDITORIAL – UM OLHAR

Estabelecer objetivo na elaboração de uma lógica da identificação do sujeito, formula no intento do que permite dar conta da constituição desse mesmo sujeito, significâncias de uma relação aos projetos políticos e aos fenômenos de efeitos coletivos sociais, acolhidos na lógica da identificação. 

Elementos permitem pensar a possibilidade, a partir de recortes de um olhar, da emergência de novas identificações individuais e sociais, bem como o estabelecimento do que se considera realidade e de uma ação política e o lugar do outro ser social/político.

A vida humana, projeto de vida que se constrói, ocorre numa sequência de fatos e acontecimentos que estimulam e fazem mudar ideias e pensamentos sobre alguém ou algo. Nossas percepções e afetos, sobre a história da relação que construímos, aparecem indagações pertinentes: equívocos com relação a? O que pensava sobre, baseado na minha imaginação? O que mudou? Questionamentos da base das mudanças? Qual seria a suposta realidade e qual a suposta ficção?  Estamos iludidos, alienados?

A partir da análise atenta de proposições e de práticas reflexivas, é possível o inventar, ato criativo do sujeito, uma nova causalidade para dar conta de eventos e de vivências de sujeitos escolhidos e acolhidos numa inovadora perspectiva, ou seja, a relação do sujeito consigo mesmo e com a suposta realidade que o funda e sobre a que se interroga. 

O sujeito que se pergunta é capaz de dar conta do perguntar a partir de uma ambiência de acolhimento, um lugar de enunciação e ao mesmo tempo lugar de uma nova lógica de operações e resultados.

Um determinado modo de nos entendermos a nós mesmos a partir dessa nova pergunta em relação com o que seria a suposta realidade produzida pela nova lógica que se estabelece.

Referências:

Araujo, S.F. (2011) Psicologia e Neurociência: Uma Avaliação da Perspectiva Materialista no Estudo dos Fenômenos Mentais. 2. ed. Juiz de Fora: Editora UFJF.
Benveniste, E. (1991a) A natureza dos pronomes. IN: Problemas de Lingüística Geral I. 3 ed. São Paulo: Pontes.
 ___________. (1991b) Da subjetividade na linguagem. IN: Problemas de Lingüística Geral I. 3 ed. São Paulo: Pontes.
Berkeley, G. (2008) Obras filosóficas. São Paulo:Editora Unesp. 
Borges, J.L. (1994) Obras Completas. Vol. I. São Paulo: Emecé.
Damasio, A. (2002) O Mistério da consciência: do corpo e das emoções ao conhecimento de si. São Paulo: Companhia das Letras.
Frege, G. (1985) Estudios sobre semântica. Madrid: Hyspamerica.
Heráclito (2012) Fragmentos. São Paulo: Odysseus.
Leibniz, G.W. (1999) Novos ensaios sobre o entendimento humano. São Paulo: Editora Nova Cultural.
Mourão, A & Lima, Miriam N. (2007) As identificações e a identificação sexual. Rio de Janeiro: Companhia de Freud.
Vaihinger, H. (2011) A filosofia do como se. Chapecó: Editora da Unochapecó.




Rovany Pimenta
61 anos de vida e Fé cristã. Doutor em Fenomenologia Existencial. Mestre em História Social. Pós-Graduado em: Teologia Filosófica Educacional; Psicoterapia de Orientação Analítica; Gestão em Educação e de Pessoas; Psicopedagogia – Aperfeiçoamento do Docente; Artes Cênicas – Educação Musical/ voz e regência. Bacharel em Teologia, Artes Cênicas e Psicoterapia de Orientação Analítica.
https://modal.asaphministerios.com/equipe/rovany-pimenta/

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