Por “vivência” entende-se genericamente um tipo fundamental de experiência; vincula-se a vivência ao sistema perceptivo, ou seja, perceber algo.
A fenomenologia em uma de suas contribuições à Filosofia, mostra que o elemento fundamental da experiência reside no sentido.
“Usos e costumes, saberes e valores”, compreendidos a partir do sentido, apresenta na correlação entre mundo e consciência de mundo, fazer experiência no mundo.
A problematização de um sentido na vivência com o outro em um mundo-da-vida sedimentado intersubjetivamente, parte da noção de intersubjetividade que apresenta a possibilidade de estabelecer um modo particular de existência do próprio sujeito humano.
A vivência com o outro na perspectiva de aprofundamentos dessa vivência, se tem a possibilidade de encontrar outros sentidos na relação; perspectivas de acessar uma vivência carregada de novos significados.
A abertura para a vivência com o outro, percorre-se reflexivamente o caminho da experiência no mundo, a partir de uma experiência de si mesmo que busca “efetivamente a experiência do outro, que faça ver a motivação interna desta experiência”.
Em uma vivência o reconhecimento de um sentido existencial dessa vivência com o outro convoca uma percepção de reciprocidade nessa vivência com outra subjetividade que coincidem com a possibilidade de sentido frente a nossa própria existência.
Ao encontrar a possibilidade de um sentido na relação, percebe-se valor da experiência em um mundo compartilhado intersubjetivamente. A complexidade dessa experiência contém, simultaneamente e reciprocamente, o reconhecimento da consciência de si e da condição do outro. Diante do valor, somos incessantemente instigados a responder e permanentemente provocados a nos dedicar a uma convivência segundo critérios éticos.