:: EDIÇÃO 013 :: Editorial

EDITORIAL

Ao articular e misturar restos de leituras, pode se deparar com o “sem sentido” ou os “múltiplos sentidos”, fazer cair as certezas, as mesmices… 

A leitura propicia inventar uma nova forma de caminhar a cada momento, remete à questão de possibilidade de produção e interação de acordo com a subjetividade, conhecimentos, experiências e valores, ou seja, demarcações para outros sentidos possíveis.

Na confrontação de diferentes horizontes de significado, o desvelamento e a vivência, favorecem a elaboração de um mundo de posições e performances; o estar-no-mundo se revela como uma possibilidade de atribuição e de significados. 

Atribuir sentidos às coisas do mundo buscando relações entre acontecimentos, revelam ligações de certas evidências e ou estranheza, vai além das aparências do que se descortina aos órgãos dos sentidos.

O fazer sentido do que se ouve ou se lê, indo além do que está explícito, é polissêmico, oferece possibilidades de reconstruir a partir do universo dos sentidos de quem diz perceber, que atribui coerência através de uma negociação de significados de instâncias de uma singularidade, num processo das possibilidades do compreender e ser compreendido na interação.

Nessa interação, o modificar, ajustar e o ampliar as concepções, exerce impactos na percepção e na postura frente às perspectivas assumidas pelo sujeito, condições de possibilidades sócio-históricas variáveis e desiguais num movimento de superação favorecendo possíveis intercruzamentos do que se considera paradoxal.

Referências Bibliográficas

BARTHES, R. A morte do autor. O rumor das línguas. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
Chartier, R. (2001). Cultura escrita, literatura e história. (E. Rosa, Trad.) Porto Alegre: Artes Médicas. (Trabalho original publicado em 1990).
Koch, I. V. (2000). A inter-ação pela linguagem. São Paulo: Contexto.
Olson, D. R. (1997). O mundo no papel: as implicações conceituais e cognitivas da leitura e da escrita. São Paulo: Ática.
Silva, E. T. (1996). O ato de ler: fundamentos psicológicos para uma nova pedagogia da leitura. São Paulo: Cortez.
Sperber, D. (1996). Entendendo a compreensão verbal Em J. Kahlfa (Org.). A natureza da inteligência: uma visão interdisciplinar. São Paulo: UNESP.




Rovany Pimenta
61 anos de vida e Fé cristã. Doutor em Fenomenologia Existencial. Mestre em História Social. Pós-Graduado em: Teologia Filosófica Educacional; Psicoterapia de Orientação Analítica; Gestão em Educação e de Pessoas; Psicopedagogia – Aperfeiçoamento do Docente; Artes Cênicas – Educação Musical/ voz e regência. Bacharel em Teologia, Artes Cênicas e Psicoterapia de Orientação Analítica.
https://modal.asaphministerios.com/equipe/rovany-pimenta/

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