Vivemos em um momento de grande velocidade da produção de tecnologia, em que os laços sociais atravessam rapidamente novos fluxos, podendo alienar, capturar e isolar ou, em contraponto, formar redes de atuação e engajamento em causas coletivas. Nesse contexto, é fundamental refletirmos sobre a importância de processos e mapeamentos para compreendermos o mundo que nos cerca.
A fluência conceitual é gerada a partir do significado de um estímulo e sua relação com as estruturas de conhecimento do campo semântico. O conhecimento já não é o mundo real, mas aquilo que o sujeito constrói a partir dos dados colhidos pelos sentidos. Em vez de o objeto (concepção grego medieval) ser o polo regente do conhecimento, seria o sujeito (concepção moderna) a ocupar esse lugar – buscar fundamentos de si mesmo.
Porém, essa construção subjetiva do conhecimento traz consigo um risco: a falta de critério na avaliação da informação que recebemos. Não podemos conhecer a “coisa em si” (o número); só podemos conhecer a coisa como ela é para nós (o fenômeno) – a ordem do mundo já não se encontra nele, mas é o sujeito que imputa um determinado ordenamento. Isso significa que precisamos ter cuidado para não nos deixarmos levar por informações falsas ou manipuladas.
Diante disso, desenvolver habilidades para processar e mapear informações de forma crítica e consciente, é fundamental num sentido de avaliar a qualidade das fontes e a credibilidade dos conteúdos que nos chegam, evitando assim o compartilhamento de informações falsas ou tendenciosas.
Buscar formar redes de atuação e engajamento em causas coletivas contribui para a construção de um mundo mais justo e sustentável. Para isso, é necessário utilizar a tecnologia de forma consciente e responsável buscando sempre o diálogo.