:: Edição 009 :: Interação e Dados

O DILEMA ESTATÍSTICO DOS EVENTOS INÉDITOS

O processo de construção do conhecimento é observado pela correlação de dados de experimentos passados que são postos à prova ao serem expostos a novos eventos. A partir dos resultados obtidos é possível ajustar teorias do passado. No entanto, o grande dilema que o pesquisador se depara está centrado em como determinado evento irá se comportar no futuro. Para tentar responder a questionamentos similares a este e avançar em um ambiente que se faz cada vez mais “inédito” que surge o estudo das hipóteses e probabilidades no qual os dados passados são considerados insumos desta metodologia.

No cerne da pesquisa do campo da estatística, encontramos conceitos como amostragem, distribuição de frequências, probabilidades, desvio padrão, coeficiente de variação que são ferramentas importantíssimas na busca por uma informação para tomada de decisão. Entretanto, estes elementos fazem parte do que denominamos de Estatística Descritiva, que por si só não gera credibilidade nos resultados obtidos. Por esta razão, surgiu a Inferência Estatística que possui a premissa de que todos os trabalhos que envolvem amostragem carregam um grau de erro envolvido.

Para tentar responder a problemática do erro nas amostragens, a Inferência Estatística apresenta-nos dois conceitos – Intervalo de confiança e Testes de hipóteses. Sumariamente, para realizar os testes de hipóteses, admite-se um valor hipotético para um parâmetro da população e, com base na amostra, realiza-se inúmeros testes com a finalidade de aceitar ou rejeitar determinado valor. Este ramo da Estatística aumenta a credibilidade dos resultados obtidos, porém ainda deixa muitas lacunas quanto aos fatos inéditos.

Desta forma, seguimos com a conclusão clara de que os nossos métodos de estudos dos fenômenos ainda carecem de muitos ajustes para dar conta de fenômenos inéditos. É inegável que a tecnologia atual nos ajuda e muito na velocidade de resposta a fenômenos desconhecidos, mas ainda estamos muito distantes de demonstrar uma previsibilidade tamanha a ponto de evitar eventos desagradáveis.

Referências Bibliográficas

CASTANHEIRA, N. P. Estatística aplicada a todos os níveis. Curitiba: InterSaberes, 2012.
LARSON, R.; FARBER, B. Estatística aplicada. 2.ed. São Paulo: Pearson, 2004
MARTINS, G. de A. Estatística geral e aplicada. 3. Ed. São Paulo: Atlas, 2010.
MORETTIN, L. G. Estatística básica: probabilidade e inferência. São Paulo: Pearson, 2010.




Jhonata Matias
28 anos de idade e vida cristã. Técnico em Automação Industrial. Técnico em Meio Ambiente. Bacharel em administração de empresas. MBA – Auditoria, controladoria e contabilidade. Encarregado de dados (DPO) do grupo CF Contabilidade. Bacharel em Ciências Contábeis (cursando).

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