Perceber e compreender os diferentes momentos da trajetória social cultural e histórica cristã é importante no sentido de constatar a influência da tradição cultural na construção e reconstrução de referenciais, e/ou denominados também de paradigmas.
Conceitos, crenças, normas, valores… são adquiridos na vivência social e cultural, são postulados que impulsionam ou impedem determinadas ações na sua relevância da sustentação de cada paradigma.
Na dinâmica da percepção da fé, enquanto um processo, ou seja, um caminho a ser percorrido, de uma trajetória pessoal, se constrói diálogos e aberturas para um projeto que acolhe a experiência particular com o Deus, o renovo do viver.
A fé na perspectiva da novidade de Deus e na dinâmica da Revelação emerge a vida e suas teias de relações em vista da abertura ao plano salvífico do Criador, abertura para além de si na dinâmica de inclusão do outro. Cristo Jesus, em sua mediação e ressurreição é o evento integrador de todas as relações humanas.
A dinâmica da Revelação exige gratuidade; e na responsabilidade das realidades à relação social exige uma consciência crítica a fim de conhecer os direitos e os deveres como condição de possibilidade inclusiva dos fundamentos da fé. A fé é transformadora da realidade, gerando liberdade e dinamizando os conteúdos da mesma Revelação. O Cristo ressuscitado é a Nova Aliança.
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