:: Edição 008 :: Mapeamentos e Processos

OS PARADIGMAS NAS DEFINIÇÕES DE MODELOS DE GESTÃO NAS ORGANIZAÇÕES CONTEMPORÂNEAS

A ciência da administração se desenvolveu ao longo dos anos de forma empírica, permitindo pouco espaço para grandes reflexões a respeito das práticas adotadas pelos diretores das organizações. Neste sentido, desde a gênese do pensamento administrativo, que a teoria credita à escola clássica com os pensamentos do engenheiro Frederick Taylor, há claras tentativas de “racionalizar” o trabalho que vem perdendo espaço nos ambientes corporativos do século XXI. Neste sentido, apresento alguns paradigmas que podem “justificar” este fenômeno e por fim, vamos tentar apontar para algumas tendências de mercado.

O primeiro paradigma enfrentado no estabelecimento de metodologias estáticas nas organizações atuais encontra-se nas mudanças ocorridas ao longo do próprio espaço-tempo. Neste século, os processos estão cada vez mais dinâmicos, fluidos, rápidos e demandam respostas dos gestores de forma igualmente imediata. Observe que ao longo da “evolução” das escolas da administração, tem-se uma linha mestre que norteia os novos pressupostos, a saber, a tentativa de normatizar ou padronizar a gestão. Ora, é nítido que tal pressuposto não se torna suficiente para fundamentar as linhas de pesquisas, principalmente as mais recentes, haja visto que as formas como as pessoas se relacionam mudaram drasticamente e os modelos de gestão acabam ficando defasados.

O segundo paradigma enfrentado é a percepção de valor das pessoas e aqui, permita-me abrir um espaço para não usar o termo “clientes” – A dinâmica mercadológica imposta pelo sistema capitalista de produção condiciona as formas de pensar e dizer dos gestores que são forçados, em até certo ponto, a utilizar significantes extremamente comprometidos, enviesados que, por fim, podem inviabilizar grandes propostas de pesquisa na área da administração na tentativa de sustentar um discurso comprometido e, em certo grau, mutilado. Retomando ao tema “valor”, nota-se que as necessidades humanas mudam ao longo das gerações e o que é notável em nossos dias é que os pressupostos utilizados pelas organizações atuais estão baseados em teóricos da década de 1970.

A forma como as pessoas fazem negócios continuará passando por processos de mutação contínuos, haja visto que as interações são dinâmicas e as respostas para estas também precisam ser, para tentar dar conta dos desafios que surgem a cada jornada. Neste sentido, novos autores devem surgir nos próximos anos, propondo releituras de todos os pressupostos os quais os diretores, não somente das grandes corporações, mas também dos pequenos negócios, precisarão se atentar na manutenção e crescimento das relações comerciais. Ao longo dos últimos anos, muito se produziu a nível de metodologias de aplicação prática na área da gestão, mas os fenômenos que emergiram neste mesmo período estão solicitando uma revisão mais profunda para além de ferramentas de aplicação da gestão. É preciso rever os pressupostos deixados pelos pensadores que compõem a galeria da Teoria Geral da Administração.

Referências Bibliográficas

CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração. 4 ed. São Paulo: Makron Books, 2005.




Jhonata Matias
28 anos de idade e vida cristã. Técnico em Automação Industrial. Técnico em Meio Ambiente. Bacharel em administração de empresas. MBA – Auditoria, controladoria e contabilidade. Encarregado de dados (DPO) do grupo CF Contabilidade. Bacharel em Ciências Contábeis (cursando).

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *