A inovação sempre esteve no centro da Produção Fonográfica e Musical. As técnicas e tecnologias que permitiram que a música que ouvimos hoje se multiplicaram ainda mais na era das gravações digitais, possibilitando uma abundância de possibilidades.
Entretanto, o conceito de qualidade vem se tornando um fator de crescente importância, visto que a produção se popularizou e a distribuição digital deu espaço a artistas e produtos que são feitos com orçamentos bem abaixo do que costumavam ser.
É interessante pensar no conceito de inovação sistêmica: inovação não acontece de modo isolado, mas sim localizado em um sistema que permite que ela aconteça. Um dos aspectos mais importantes desse modo de pensar a inovação é que isso requer cooperação entre diversos atores do meio: artistas, produtores, universidades, empreendedores, consumidores etc.
Se no passado se caracterizava inovação buscando exemplos de áudios e músicas que foram produzidas nos mais diversos momentos históricos e se nomeava as características comumente percebidas como inovadoras desses, hoje é preciso ampliar essas características para notar qual o impacto dessas inovações em todo o mercado de produção de música.
As redes de trocas de informações hoje operam em uma velocidade inédita, na qual os grandes lançamentos mundiais atingem um imenso número de ouvintes e as inovações e novidades ali aparecem muito rapidamente em lançamentos subsequentes de outros artistas e produtores, em um processo quase que em tempo real de influência, imitação e até mesmo de rejeição dos padrões.
Aos produtores desse tempo, cabe estarem atentos à realidade do sistema como um todo, para que um bom entendimento dele possa ocasionar consciente repensar constante das suas práticas para que a inovação continue acontecendo de maneira satisfatória e sem comprometer a qualidade do seu produto final.