A Estética da Recepção se debruça através de sua metodologia a esboçar possibilidades que rompem a transitoriedade de um texto não como portador de um significado somente, mas diversos sentidos, local social, interlocutores, objetivos… que de uma forma ou outra, a leitura pode apropriar-se do determinado texto.
As palavras mudam velozmente, os sentidos e significados de determinados vocábulos podem não ser os mesmos para quem ouve a mesma frase ou lê o mesmo livro. A leitura se relaciona com outras leituras, conceitos e ligações que se pode construir no caminho do entendimento de textos ou conceitos.
A interpretação, as possibilidades do texto e suas palavras não tem significado “em si”, mudam de acordo com o período histórico social e cultural. Isso significa dizer que certos termos podem mudar completamente de sentido ou até perder qualquer significado. A leitura e a interpretação podem ser pensadas, como campo de um processo de intersubjetividades sociais e particulares.
Novos horizontes se abrem, novas redes e possibilidades de análise de busca de um texto na “Recepção Estética” se relacionam a um processo de algo ativo que pode favorecer a uma troca construída conforme a leitura. O diálogo, a troca, é, antes de tudo, um ambiente interdisciplinar de análise.
A Estética da Recepção com seu caráter estético e social, enfatiza a parcialidade de ser completada, reformulada e criticada, na “relação entre forma, significados/funções e determinadas situações/ou tipos de situações” que o texto portador de múltiplas possibilidades de sentido constrói com o leitor.