Há várias maneiras de se investigar as famílias, e cada uma possui formas distintas de conceituar e tratar as ligações afetivas entre os membros. A família não é um fato natural, diz respeito a uma conquista cultural, arraigada numa dimensão histórica de construção, ao longo dos séculos, e, consequentemente, atravessando mudanças.
Família, originária do latim famulus, “domésticos, servidores escravos, séquito, comitiva, cortejo, casa, família”. Na sua estrutura e funções o termo designa “instituições e agrupamentos sociais diferentes”. O universo familiar é palco de múltiplas interpretações, especialmente quando se analisa essa instituição nas perspectivas da Psicologia, Antropologia, Sociologia, Filosofia, História, Direito e Religião.
A família é necessária para a saúde do indivíduo. O sentimento de pertencer a uma família envolve afeto, liberdade, reciprocidade, histórias compartilhadas, enfim, aspectos inerentes à condição do ser humano que abarcam questões conscientes e inconscientes.
A importância das relações horizontais e fraternais vem sendo cada vez mais enfatizadas no campo teórico contemporâneo, provavelmente em função das modificações nos arranjos familiares e da necessidade de ampliar o estudo sobre novas possibilidades de subjetivação.