:: Edição 001 :: Editorial

EDITORIAL

“Percepções e conexões pessoais na atualidade” – no contexto das competências:

A noção de competências, nos fluxos de Gestão de Pessoas, passou a ser entendido como “o conjunto de qualificações que a pessoa possui para executar seu trabalho”. Esse conceito foi complementado e modificado; atualmente há duas tendências nessa área:

  • uma abordagem mais pragmática (anglo-saxões)
  • e elementos da sociologia e da economia do trabalho em sua análise (franceses)

Para os franceses é preciso distinguir entre dois modelos de competências:

  • um apoiado nas concepções tayloristas e fordistas, e outra,  
  • em que o sujeito é visto como um ator que vai além do prescrito, que age e tem iniciativas.

Ambas concepções consideram ser pertinentes, a competência estar associada à faculdade de desencadear e de conjugar recursos e ações.

Elementos complementares: Competência é:

(a) a tomada de iniciativa e responsabilidade do indivíduo em situações com as quais ele se defronta;

(b) uma inteligência prática das situações, que se apoia em conhecimentos adquiridos e os transforma à medida que a diversidade das situações aumenta;

(c) faculdade de mobilizar redes de atores em volta das mesmas situações, de compartilhar desafios, de assumir áreas de responsabilidade.

Quando as competências de um indivíduo se tornam insuficientes, há a necessidade de articulação, de sua percepção, que necessita de competências que não possui, e que podem ser adquiridas a partir de uma ação conjunta, tornando os movimentos organizado em equipe, em rede ou por projetos.

Nesse ambiente de produção, há uma equipe engajada em uma mesma prática, onde se estabelece uma relação entre o conjunto de atos e um sistema de valores que orienta esses atos. Se cultiva uma cultura, um consenso – explícito ou implícito – em torno de um determinado conjunto de valores aos quais aderir.

Valores são crenças que pertencem a fins desejáveis; que transcendem situações específicas; que guiam a seleção ou avaliação de pessoas e eventos; e que se ordenam por importância relativa a outros valores, formando um sistema de prioridades.

Tempo de interação, de conexões, indivíduos numa rede social que podem ser facilitadas pela percepção das competências.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DUTRA, J. S. Competências: conceitos e instrumentos para a gestão de pessoas na empresa moderna. São Paulo: Atlas, 2004.

 

FLEURY, A.; FLEURY, M. T. Estratégias empresariais e formação de competências. São Paulo: Atlas, 2001.

 

LE BOTERF, R. Desenvolvendo a competência dos profissionais. Porto Alegre: Artmed, 2003.

 

RUAS, R. L. Gestão por competências: uma contribuição à estratégia das organizações. In: RUAS, R. L.; ANTONELLO, C. S.; BOFF, L. H. Os novos horizontes da gestão: aprendizagem organizacional e competências. Porto Alegre: Bookman, 2005.

 

ZARIFIAN, P. O modelo da competência: trajetória histórica, desafios atuais e propostas. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2003.

 

ZARIFIAN, P. Objetivo competência: por uma nova lógica. São Paulo: Atlas, 2001.




Rovany Pimenta
61 anos de vida e Fé cristã. Doutor em Fenomenologia Existencial. Mestre em História Social. Pós-Graduado em: Teologia Filosófica Educacional; Psicoterapia de Orientação Analítica; Gestão em Educação e de Pessoas; Psicopedagogia – Aperfeiçoamento do Docente; Artes Cênicas – Educação Musical/ voz e regência. Bacharel em Teologia, Artes Cênicas e Psicoterapia de Orientação Analítica.
https://modal.asaphministerios.com/equipe/rovany-pimenta/

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