Cultura, pode se conceituar como espaços, tradições, usos e costumes de sujeitos, que permite e constrói discursos hegemônicos; relações que constroem processos de hibridação que se combinam para gerar novas estruturas e práticas.
Esses processos de grande fluidez descentralizados e em constante transformação, produzem sistemas de significação e representação cultural que se multiplicam em fronteiras que vão além da delimitação de um espaço físico.
São entrelaçamentos a partir de subjetividades numa relação assimétrica como produto de uma rede de relações em relação a papéis estruturados e desempenhados por indivíduos nesse contexto social. Papéis que se alteram atribuindo novos significados ao longo de um tempo.
Embates e conflitos sociais, étnicos, sexuais podem instigar e subverter construtos sociais de uma suposta hegemonia com pertenças múltiplas na contribuição do revisar e questionar uma nova construção de entre-lugares das heterogeneidades culturais e sociais que marcam um momento histórico e de laços sociais com seus interstícios.
Uma reflexão sobre os hibridismos dos diversos processos históricos culturais e suas ressignificações de espaço polifônico, entrecruza problematizações que podem abordar a subjugação da cultura dominante com questionamentos das narrativas e representações forjadas pelas culturas hegemônicas.
Processos de hibridez múltipla, desterritorializada com constante trânsito transfronteiriço, em busca de um espaço com procedimentos de deslocamentos com demandas de outras formas de conhecer e sentir. Movimento contínuo de des-contextualização e recontextualização cultural de “sujeito” que se permitam a uma nova cultura que se forma nesses entre-lugares.