:: Edição 012 :: Prosa e Verso

ESTRANHO EU

Quem sou, 

a não ser uma nova versão atualizada da possibilidade de existir

me pedem licença deixo passar, que passe, deixo ir 

Sentir sem sentido, é nada sentir 

Controlar-se para ser é o mesmo que nada ser 

Esforçar-te na busca do que é seu 

O desejo,

seja seu desejo

O caminho, 

seja o seu caminho 

O propósito, 

seja o seu propósito 

A vida, 

seja a sua vida 

Que seja junto, 

que tenham próximos

Que eles se encontrem e se reconheçam 

Quem eu sou 

Quem eu sou junto

Quem eu posso ser 

Quem será comigo

Quem não há de ser 

Seremos juntos 

se formos únicos 

Respeitar-se, respeitar-te 

o amor é uma escolha de aceitação 

que começa, com aceitar-se 

Pareço estranho a mim mesmo 

se em ti nada vejo de mim 

Reconheço-me em você,

quando apenas olha para mim.

Reconheço a questão em mim

e questiono-me o que posso rever 

Reconheço, força na sua força 

e me perco feliz, no seu abraço feliz 

Encho-me de paz ao te sentir em paz 

Sem você, pareço estranho a mim

Estranho eu que não se vê 

Estranho eu que se vê, 

a partir de mim eu em você 

Autônomo




Andrea Cunha
40 anos, 23 de Fé Cristã. Pós Graduada em Gerenciamento de Projetos. MBA em Gestão de Pessoas e Marketing. Graduação em Administração. Empresária na Padaria D’Chiquin.

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