Como vimos nesta edição, o tempo pode ser percebido, representado, contado, utilizado, experimentado, de formas muito diferentes que passam por subjetivações pessoais, sociais, culturais e até transcendentais. Cronologicamente1Chronos é o tempo corrente, rotineiro, ordenado pelo relógio, onde um minuto é igual ao outro, onde às horas sucedem-se os dias e a estes os meses e os anos., todos os dias temos 24 horas e precisamos fazer escolhas de como vivê-las.
A gestão do tempo refere-se aos processos e ferramentas que possibilitam a realização de atividades, projetos e metas dentro de um prazo determinado e com resultados satisfatórios. A vida moderna trouxe para muitas pessoas a necessidade de realização de muitas tarefas em seu dia e a sensação de falta de tempo.
A gestão do tempo começa no planejamento. Planejar é basicamente definir um objetivo e traçar estratégias para realizá-lo. Responder as perguntas: O quê? Quem? Quando? Quanto? Onde? Por quê? Como?
Dispomos de ferramentas das mais simples às mais complexas para o planejamento e execução das tarefas. Uma simples lista de tarefas (checklist) escrita num papel, agendas para compromissos, planners para uma visão mais ampla, a técnicas2Com uma rápida busca na internet você tem acesso à diversas ferramentas. Estas que citamos possuem um breve resumo em: https://www.ludospro.com.br/blog/gestao-de-tempo-e-produtividade. como Kanban, SMART, GTD, Pomodoro, ferramentas digitais, etc…
A ferramenta Planejamento Estratégico destaca o uso da missão (para que?), visão (onde quer chegar) e valores (princípios). Os valores servem de guia, ou critério, para atitudes e decisões no exercício de tarefa/serviços e produções, na efetivação de objetivos, enquanto se executa missão e na direção da visão.
Autores se dedicam à pesquisas na busca de produtividade e performance no desafio de maximizar o uso do tempo – realizar mais tarefas gastando menos tempo. Essas ferramentas parecem ser bastante eficientes quando instigam as pessoas a ter mais consciência de suas escolhas. Por outro lado, a possibilidade de realizar mais, muitas vezes pode resultar em aumento de tarefas e sobrecarga provocando esgotamento3Como exemplo temos a Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional que é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade. A principal causa da doença é justamente o excesso de trabalho.. Diante deste aparente paradoxo, é interessante refletir sobre nossos objetivos e valores diante das 24 horas que somos presenteados todos os dias.