“4,5 quintilhões de bytes de dados são criados no mundo todos os dias.” Parece absurdo imaginar um número desta magnitude, mas esta foi a abordagem inicial de uma postagem da IBM BRASIL na plataforma do Facebook em 27 de agosto de 2015. Desde os tempos mais remotos, a corrida pelo poder esteve inerente à própria existência humana. Diversas formas, das mais criativas às mais inusitadas, foram criadas para proporcionar, mesmo que em parte ou talvez em contexto imaginário, uma forma de dominação sobre o outro. Diante deste cenário, observamos o contexto de posses, que se torna diretamente ligado ao poderio. Estaríamos diante de uma nova forma de exercer o poder através dos dados? Vejamos.
A produção de conteúdo por si só toma um grau maior de relevância quando atinge o outro, no sentido de ser compreendido, gerando um sentido para aquele que recebe o dado. A este sentido, codificamos, agregamos valor através da clareza desses códigos e geramos uma informação. O processo de informar é interessante porque envolve elementos de instâncias quase impossíveis – como podemos ter a certeza de que o outro nos entende? Mesmo assim, seguimos no diálogo e gerando mais dados que se decodificam em mais informações.
Adentrando à esfera da práxis, blocos de informações organizadas de formas didáticas e sequenciais podem produzir um ambiente de conhecimento. Cabe salientar que este processo demanda um ambiente mais desafiador ainda, pois aqui não há apenas uma pressuposição de que o outro entende o que o interlocutor quer dizer, mas que a partir deste momento estará apto para replicar, com louvor, o bloco de informações organizadas em forma de aplicação do que fora “aprendido”.
Diante disto, retornemos aos números astronômicos para o questionamento latente: somos capazes de processar 4,5 quintilhões de bytes de dados para gerar uma informação útil, a fim de apropriar um conhecimento? Eis então um novo paradigma no qual aqueles que conseguirem acompanhar, mesmo que de longe, este processamento absurdo de informações estarão com a nova forma de poder nas mãos.
