Consideremos a palavra “estética” como nosso ponto de partida, neste texto. Faria e outros autores (2019) problematizam que, o objeto de estudo da estética é a arte, mas que ao longo da história sofreu mudanças quanto ao seu entendimento, instaurando-se como um discurso conceitual sobre a obra de arte.
A etimologia da palavra estética deriva-se do grego “aisthésis” ou “aestesis”, que para Duarte (2001 p.13) é a “capacidade do ser humano sentir a si próprio e ao seu mundo num todo integrado”. Segundo o Dicionário Etimológico de Língua Portuguesa, por Machado (1987): “quem tem a faculdade de sentir ou de compreender; que pode ser compreendido pelos sentidos”. Outros autores descrevem a estética como uma capacidade de sentir o mundo, um exercício das sensações; sensibilidade e percepção.
Cada vez mais, diversos autores de variadas áreas e campos do pensamento, concordam que ideias e concepções anteriores (mesmo recentes), não se encaixam nas novas situações que surgem na atualidade. Novas ideias são exigidas, o universo não se apresenta da mesma forma que antes. A ideia de “progresso”, movida por domínio da natureza, domínio do próprio homem e disputa de poder, parece não vigorar.
Ainda, nas redes sociais. Um ambiente conhecido como de interação e troca de ideias, a espontaneidade parece ter se perdido, em uma zona que anteriormente era de autonomia. Um convite ao movimento. Novos vocabulários, para novas dimensões e novos espaços. O avançar da complexidade, solicita o aprendizado de uma nova linguagem, uma reorganização dos modelos de atenção à saúde.
Um convite ao movimento. À nossa capacidade de exercício ativo de si, vivendo neste mundo, mas com mediações para autonomia. Sendo constituintes da rede social em que vivemos, mas ampliando a autonomia de nossa própria saúde.